O BNG denuncia a traduçom simultânea aos falantes portugueses da nossa língua na CRTVG
PGL – Bieito Lobeira, porta-voz em matéria de Língua do BNG na Câmara galega, apresentou umha pergunta à Mesa do Parlamento, para a sua resposta oral em Comissom, relativa às razons de traduçom simultânea das entrevistas realizadas a portuguesas e portugueses nos espaços informativos da TVG e RG. Ademais, o BNG fijo umha proposiçom nom de lei em favor do reintegracionismo lingüistico.
O BNG remeteu umha proposiçom nom de lei à caixa dos correios do PGL, na que se dá conta de que «o galego, único idioma próprio da Galiza, forma parte do sistema linguístico galego-português, falado no mundo por mais de 220 mihons de pessoas, e oficial no Brasil, Portugal, São Tomé e Príncipe, Angola, Moçambique, Timor-Leste, Macau, Cabo Verde e Guiné Bissau. É, daquela, um idioma extenso (sexta posiçom no mundo), de uso oficial na UE, Mercosul e Uniom Africana, e vai ganhando falantes e popularidade, processo em parte associado a umha potencia ‘emergente’ –Brasil– assim como ao facto de possuir comunidades lingüísticas em diversos estados: Índia (Goa), Luxemburgo, Andorra, Namíbia, África do Sul, França etc.»
Nesta linha, o BNG lamenta «a rotunda ruptura producida séculos atrás entre a Galiza e Portugal, forçada e imposta por motivos estritamente politicos, ligados com o processo de perda de soberania do REino da Galiza e a sua absorçom anuladora pola Coroa de Castela, posteriormente Espanha» que provocou «um profundo e recíproco desconhecimento entre dous povos irmao (Povo galego e povo português) que lamentavelmente ainda perdura na actualidade»
Segundo o BNG, os suportes políticos de hoje permitiriam restituir a referida relaçom entre povos, já que «o galego é um idioma universal», se bem, as relaçons a dia de hoje neste âmbito som «absolutamente esperpénticas».
Por estas razons, o Parlamento da Galiza insta o Governo galego a impulsionar umha política activa de intercámbio e relacionamento entre a Galiza, Portugal e o resto de países da lusofonia, materializando o disposto no artigo 35.1 do vigente Estatuto de Autonomia. Aliás, adopatarám-se entre outras, as seguintes medidas:
1. Diante do Governo espanhol, com o intuito de possibilitar a recepçom na Galiza das emissons das rádios e televisons portuguesas, em cumprimento da ‘Carta Europeia das línguas regionais ou menorizadas’, utilizando possibilidades técnicas precisas para este fim no prazo temporal mais imediato possível.
2. Transladar ao Governo luso o interesse manifestado polo Parlamento galego de que facilite a recepçom em Portugal do sinal de rádio e televisom galegas.
3. Estender, no curso escolar 2010-11, a implantaçom do ensino, como matéria optativa, da Língua e Literatura Portuguesa nos centros de educaçom secundária na Galiza.
4. Programar, da Conselharia da Educaçom, com eventual colaboraçom com outras conselharias, viagens e intercâmbios escolares entre os centros de ensino da Galiza e de Portugal.
5. Enviar aos centros de ensino secundário do nosso País materiais didácticos, incluídos audiovisuais, que podam resultar de proveito para o ensino das disciplinas contempladas no ponto 3, assim como para conhecimento geral da língua e literatura portuguesas.
6. Estabelecer contactos com a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) para possibilitar a participaçom da Galiza neste foro internacional.
Traduçom simultânea
Noutro documento recebido na caixa dos co-es do PGL, o BNG explica que está a haver umha reiterada recorrência por parte dos espaços informativos da Televisom da Galiza e da Rádio Galega a pôr em andamento «um curioso método de traduçom quando som entrevistados portugueses ou portuguesas: Oculta-se a originalidade da usa voz em português, substituindo-a por outra voz nesse ‘galego neutro’ instituído pola TVG, cumha tonicidade e prosódia bem próximas do espanhol». Porém quando, por exemplo, um jogador brasileiro ou português se expressa em espanhol, a originalidade na tonalidade é respeitada. Nesta linha, o BNG destaca: «Semelha que é exclusivamente a fala e o sotaque português o que compre tapara e ocultar»
O BNG denuncia que é difícil de entender como «formando parte o nosso idioma do sistema lingüístico galego-português, e precisando de tanto conhecimento, relacionamento e reciprocidade de umha e outra beira do Minho, seja agora vetada, polos próprias mídia de titularidade pública galega, qualquer possibilidade de ouvirmos o uso do galego-português ao sul do Minho, evitando a sua familiarizaçom, vissibilidade, popularizaçom e (re)conhecimento na sociedade galega».
Ainda, do BNG destacam o facto de que este proceder seja só exclusivo com os portugueses, nomeadamente com os do norte, mas nunca com os espanhóis. Nesta linha, Lobeira explica que por vezes, a CRTVG chega ao extremo de pronunciar o topónimo brasileiro ‘Rio de Janeiro’ à espanhola, marcando um fonema inexistente no sistema galego-português.
Por estas razons, Bieito Lobeira formula as seguintes perguntas:
- Quais som os motivos polos que é feita umha sorte de ‘traduçom automática’ àquelas entrevistadas e entrevistados de Portugal que usam o seu idioma oficial nos espaços informativos e programaçom geral da Televisom da Galiza e Rádio Galega?
- Nom resulta lógico manter a voz de entrevistadas e entrevistado, com o intuito de familiarizar esse modelo com o utilizado na Galiza?
- Tem previsto a CRTVG, em conseqüência, cambiar o critério que está a utilizar?